sábado, 19 de junho de 2010

Poemas Perdidos

Poemas Perdidos

Aqueles poemas que deixei de escrever, omiti,
Por medo de escancarar minha realidade,
Medo de ser ridicularizado pelo meu pudor,
Medo de amar, de ser amado,
Medo de ser açoitado pelo meu lado egoísta,
Com trinta e três chibatadas.
Aqueles poemas que deixei de escrever
Mexiam com a minha intimidade,
Diziam de meus momentos felizes e infelizes.
Tanto pudor escondido pelas veredas da alma,
Junto com a vergonha trazia-me aprisionado em correntes de aço,
Eles faziam parte de um terço da minha idade,
Exatamente a parte que faltava para minha felicidade.
Pois nesse tempo, depois constatei, minha vida estava vazia,
Grande parte era coberta pelas trevas,
E as trevas foram decepadas pela luz.
Daí que me fez entender o passado,
Referente a dois terço da minha idade,
O futuro que não vivi, pois ele pertence ao Criador,
O presente que devo viver com toda a intensidade,
O ontem iniciou hoje, o hoje é eterno, não tem passado nem futuro.
-Ramão Aguilar-

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